
A preocupação com a estética e com o "belo" faz parte do olhar social para o corpo feminino desde muito cedo.
Desde pequenas as meninas são arrumadas com diversos acessórios que tem por objetivo "exaltar a beleza". São flores, babados, brincos, colares, anéis e pulseiras... tudo para que cada vez mais essa menina se aproxime da miniatura da mulher.
São tantos os detalhes que de alguma forma se refletem no comportamento.
Meninas de saia e vestido não podem sentar de qualquer forma, não podem se sujar e em alguns momentos podem perder a autenticidade do ser criança.
As meninas crescem com a necessidade de ouvirem "como você está linda!" A valorização da aparência faz parte de todo um contexto social que tem sérias consequências na construção da identidade das mulheres.
Padrões de beleza vão sendo reproduzidos pela sociedade, pelos meios de comunicação, pelas mídias sociais criando no imaginário um corpo perfeito, muitas vezes distante de um corpo possível e real, negando as diferenças étnicas e de biotipo, esmagando qualquer possibilidade de se ter uma beleza única, sem considerar um padrão, uma referência. Assim, tudo que foge do padrão tido como belo passa a ser rechaçado, causando um sofrimento e uma condição de inadequação e inferioridade.
Muitas vezes a insatisfação com o corpo já começa na infância.
É preciso refletir como tudo isso gera um impacto na saúde mental de meninas, jovens e mulheres.
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